hoje é aquele dia que da pra refletir sobre amor sem ser julgado. mas se você que está lendo já pensou sobre o amor romântico, desculpa te decepcionar, mas esse texto é não é sobre isso.
nós mulheres crescemos em meio aos contos de fada onde o príncipe (um cara alto, bonito e zero defeitos) viria nos salvar - como se fosse necessário, e teríamos uma vida infinitamente feliz baseada apenas no amor. ouvimos a antiga frase que diz que o amor "tudo sofre, tudo crê, tudo espera e tudo suporta" que por vezes generalizada ou mal interpretada, nos fez acreditar por um tempo que esse tudo, é tudo mesmo.
ainda teve aquela premissa de que nos relacionamos para fazer o outro feliz - como se fosse possível sermos responsáveis pela felicidade de outra pessoa, e acabamos esquecendo que assim como a mascara de oxigênio que deve ser colocada primeiro em mim para poder ajudar o outro, um relacionamento saudável se faz com duas pessoas felizes individualmente.
mas eu não to tentando te desanimar e nem ser negativa, viu! é que depois de quase 18 anos de relacionamento, aprendi que amor de verdade é apoio, suporte, presença, e não atos grandiosos de demonstração de afeto ou presentes caríssimos em datas consideradas especiais.
o amor do dia a dia é aquele que você vai precisar sentar e conversar sobre assuntos em que as opiniões são totalmente diferentes, ou nos momentos em que o relacionamento vai parecer mais um gráfico com altos e baixos extremos e ainda infinitos dias de estabilidade em que nada de diferente/ empolgante/ excitante acontece.
o amor do dia a dia é entender que as diferenças entre vocês não são um obstáculo, mas uma grande oportunidade de crescimento e aprendizado. é silenciar quando preciso, dar espaço quando os dias exigem individualidade e solitude, mas principalmente entender que mesmo na bagunça dos dias esse é o seu lugar.
o amor do dia a dia é construído, muito mais prático do que romântico.
o resto é apenas comercial de margarina.